Noveleira sem vergonha como eu sou, posso assumir que assisto "viver a vida", como assisto a qualquer porcaria que seja transmitida no horário nobre. Acompanhei por esses dias a chegada de Luciana à casa paterna, naquele climinha chato de "o bom filho à casa torna". E o capítulo não poderia ter sido mais chato, perderam duas partes da novela apenas para mostrar o quarto de Luciana, pois qualquer mosca que passasse voando era vista com grande amor e trazia recordações do passado. Fiquei imaginando como seria a festa de Luciana se fosse à realidade dura de moradora de favela.
Primeiro: a festa começaria sem ela mesma! Quem liga? Assim que ela chegasse já encontraria o churrasco pela metade, o chuveirão aberto e a molecada correndo doida, sem nem se importar com a chegada dela. O batuque doa amigos que tocam pagode muito mal iriam cessar e o pai faria um pequeno discurso com palavras erradas. No final os pagodeiros de plantão começariam a tocar "parabéns pra você" em ritmo de pagode. E o povo voltaria a comer muita carne e tomar muita cana de graça que vale mais! Não teria nada para ela ver dentro de casa, afinal, pobre não faz reforma nem sob tortura! Imagine só, compra uma cama que atende ao comando da voz e depois fica fugindo do agiota, tem nem por que
Segundo: A festa claro, contaria com aquele candidato a vereador que é amigo do povão da favela, mas que se for eleito some de vez.
E assim Luciana chegaria à sua casa. Não é uma maneira chique, eu assumo. Mas é bem mais divertida.
Um comentário:
Tbm achei um porre, mas imaginei de forma mais dramática como é o dia-dia de alguém mais pobre que não tem tanto conforto e "mimos" como a personagem tem, se esse lado fosse explorado seria interessante
Abraço
!!!
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